1 de dez. de 2011

Ronaldo blinda Ricardo Teixeira por amor ao povo. Que nojo!

Eu sei que faz parte do jogo mas não precisava ser tão hipócrita, tão mesquinho, tão nojento.

Que o Ronaldo abrace o Ricardo Teixeira, o Fernandinho Beira-Mar, o Nem, o José Dirceu ou um monte de travestis em nome de qualquer interesse, pouco me atinge. Fundamentalmente porque eu não sou um desses carentes que se apegam à imagem de “ídolos” como referência da minha personalidade.  Muito menos à imagem do Ronaldo que, além do que fez em campo, nunca disse ou fez alguma coisa que me servisse como inspiração, exemplo, espelho.

Portanto, que faça o que quiser com quem quiser e que influencie quem careça de sua influência.

Que a FIFA, os governos federal, estaduais e municipais, as empreiteiras e grande parte da imprensa fiquem excitados com a presença do Ronaldo no COL – Cômite Organizador Local da Copa de 2014 – e tire bastante dos “holofotes negativos” do Ricardo Teixeira, deveria ser problema só deles.

Mas o que a gente faz quando tem crise de nojo ouvindo um “ídolo do povo”, abusando da inteligência e do senso crítico do…povo? Enfia o dedo na garganta ou toma água com limão?

“Não tenho nada a ganhar – podia jogar tudo que conquistei pela janela. Não tenho nada a ganhar mas resolvi pensar no povo”.

“Eu quero fazer isso pelo povo”.

“Minha idéia é de aproximar, fazer com que o povo brasileiro tenha orgulho”.
“O povo tem que sentir orgulho dessa Copa”.

“Essa Copa no Brasil é um grande orgulho para a gente. Essa Copa não é da Fifa, do Comitê Organizador, da CBF ou do governo. A Copa é do povo.”

Ok! Eu compreendo que a Copa do Mundo de 2014 está carente de bons vendedores, boa propaganda, boas imagens… e não adianta entrar no côro dos “do contra” e só dar enfâse ao “lado” negativo porque isso só tornará tudo ainda pior do que está.

Não adianta mais lamentar; a Copa do Mundo vai acontecer e é melhor explorar, estimular, enfatizar os fatores positivos a fim de que a maioria das pessoas estampem um sorriso no rosto e consumam o produto. Isso fará bem ou, pelo menos, menos mal,  psicologicamente e financeiramente ao país. E eu sei que no Brasil ainda não inventaram método mais eficiente de criar um bom clima do que usar um “ídolo do povo” para dizer que “a Copa é do povo e para o povo”.

Se eu sinto nojo deve ser por algum problema psíquico ou estomacal ou gastrointestinal. Devo procurar ajuda?

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