9 de dez. de 2011

Fumar é uma delícia!

Depois de anos de campanhas massacrantes anti-tabagismo, qualquer um sabe quais são os males provocados pelo cigarro.


O que quase ninguém admite mais são os prazeres, os bens, as delícias provocadas pela fumaça demonizada.

O dinheiro gasto – ou investido? – nessas campanhas provocaram efeitos irresistíveis na personalidade contestadora, provocadora do, então, livre e feliz fumante.

Com um monte de mentiras e verdades exageradas atingiram o ponto mais frágil do tragador da fumaça legal: constrangimento perante outros, desde os mais próximos e queridos aos mais distantes e indiferentes.

Superestimaram a figura do fumante passivo que, de repente, numa estratégia de marketing, virou a maior vítima do cigarro e, assim, o maior inimigo do fumante. E como prevê as profecias apocalípticas, colocaram pais contra filhos, filhos contra pais, irmãos contra irmãos, colegas de trabalho contra colegas de trabalho…
 
Enquanto tenta se livrar do sentimento de culpa por estar matando o filho, a mãe, o pai, a esposa, o amigo, o monstruoso fumante passou a conviver com apelos dramáticos, emocionates para que ele abrisse mão do seu prazer, para o seu próprio bem e para o bem dos que o amam. Forte, hein!

Mas como parar, por quê parar se fumar é tão gostoso, tão prazeroso, tão delicioso?!

Isso os publicitários anti-cigarro não dizem. Bombardeiam o cérebro do fumante com palavras, sons e imagens horríveis.

Conscientemente, o fumante até assimila esse bombardeio como justo, honesto, bem intencionado.

Mas e a subconsciência, e aquilo que o cérebro, o corpo sentem, sabem e o fumante não diz, não admite? Que fumar é uma delícia.

As campanhas são tão intensas, tão massacrantes, tão desonestas que obrigam o fumante a dizer o que não sentem, o que não acreditam. Uma espécie de assédio moral, de lavagem cerebral que só contribuem para o aumento da fissura, do sentimento de culpa, da sensação de excluído e  fracassado.

Todo fumante antes de qualquer tentativa de parar de fumar,  deve admitir pra si mesmo os prazeres do cigarro, o quanto ele gosta de tragar aquela fumacinha. Assim, por ser mais honesto, fica mais fácil reaprender a viver sem o cigarro.

Negar essa verdade obrigará ao fumante passar o resto da vida sustentando um fardo muito pesado só para tentar enganar alguma parte do cérebro e de todo organismo que é capaz de passar anos e anos esperando pela volta daquela fumacinha deliciosa. Por isso não são raos os casos de recaídas.

Eu, a 2 meses de completar 30 anos de idade, fumo 2 maços por dia há 16 anos. Álias, fumava. Depois conto como estou sem fumar, sem sentir esse delicioso prazer.

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