Talvez você seja, como eu, alguém que nunca viu graça no gracista Ozzy Osbourne. Mesmo na minha fase mais rock' n' roll, eu nunca fiz questão de arrumar tempo pra ouvir suas músicas. Sei lá...sempre o considerei um exagerado desnecessário. Comer morcego nunca foi o tipo de gracinha mais eficiente pra chamar minha atenção.
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Mas quando fiquei sabendo que o cara estava posando de médico conselheiro no The Sunday Times, considerei, pelo menos, uma boa sacada. Aí veio o livro e...impossível não não ler.
"Eis a verdade: seu médico nunca engoliu uma abelha a 110 km/h ou foi declarado clinicamente morto (duas vezes). Tampouco teve sua família eleita a mais disfuncional da civilização ocidental, suportou semanas de injeções antirrábicas (graças a um desentendimento com um morcego), recebeu um diagnóstico errado de Mal de Parkison, quebrou o pescoço em um acidente de quadriciclo, sobreviveu a um acidente de avião ou foi considerado um milagre por estar vivo após consumir montanhas das mais pesadas drogas", é o primeiro paragráfo da orelha do livro.
É isso: um cara que chegou aos 63 anos, contrariando as lógicas. "...uns cientistas da Universidade de Harvard se ofereceram para recolher uma amostra do meu DNA e mapear todo o meu 'genoma humano'. 'Pra que vocês querem isso?', perguntei a eles. 'Pra descobrir como você ainda está vivo', eles disseram. Graças a eles, agora sei com certeza que sou uma 'anomalia genética' (página 17). Uma puta história de vida (independentemente da minha opinião, por exemplo). Só poderia dar num livro muito bem sacado, divertidissimo.
Minha primeira surpresa e gargalhada foi por ter encontrado o livro na seção de Psicologia da livraria Leitura, no sábado. A vendedora me garantiu que não tinha nada de errado. Hoje, em poucos minutos de leitura, já tive crise de riso dentro de um ônibus lotado e na fila de uma farmácia. Acho que as pessoas entenderam bem quando mostrei o livro.
Parece que o doutor Ozzy receita uma boa dose de bom humor para todos os seus pacientes. Vou continuar me consultando.
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