30 de ago. de 2013

Vaia aos médicos cubanos. Fidel Castro não é negro. Dilma Rousseff não é negra. Alexandre Padilha não é negro.

É, realmente, comovente  de "arrupeiá" a alma, de fazer cócegas no orgulho da gente perceber o quanto nossa sociedade abomina o racismo. Mas digno de respeito, mesmo, é a eficiência dos exploradores desses "espíritos elevados", os tratando como meros idiotas úteis em prol de suas causas. É uma espécie de banalização do bem.

Vejam o caso da vaia aos médicos cubanos; negros, pra sorte dos exploradores de anti-racistas. Ali, os médicos brasileiros vaiaram tudo, menos a cor da pelo dos mãos-de-obra do comunismo. Em cada "uuuuuuuhhh!" podia ser ouvido o nome do Fidel Castro, da Dilma Rousseff, do Alexandre Padilha, de cada Zé-camisa e Maria-camisa do Che Guevara, pra cada vândalo-todynho,GAP da USP, pra histérica Marilena Chauí, pro Lula, pro Foro de São Paulo, pro Lewandowski, pra GloboNews e pro Thales Guaracy, novo diretor da Playboy que misturou a cabeluda da Nanda Costa com as barbas de Fidel e Che. Teve vaia até pro cadáver do Hugo Chávez que tinha tanta fé na medicina cubana. Só não teve vaia pra cor da pele dos cubanos.

Mas os exploradores de idiotas úteis, os banalizadores do bem, mais uma vez, não perderam a oportunidade pra mudar o foco da discussão em torno da vinda dos mãos-de-obra comunista para o Brasil. Nesta semana, o 1º lugar no trending topic do Facebook foi a imagem do médico cubano - negro, pra sorte dos exploradores - atrelada a uma "leitura de contexto" vagabunda e oportunista.

O que, realmente, é de interesse de todos e estava em discussão era a necessidade do recrutamento e a forma de exploração dos mãos-de-obra cubanos, era o financiamento do regime de Fidel pelo governo brasileiro, era o que fez o PT nos últimos 10 anos pela Saúde no Brasil, era sobre a infraestrutura dos hospitais públicos e postos de saúde, sobre as condições de trabalho dos nossos médicos.

Já não é mais. Agora interessa saber se você é racista ou não. Por qualquer tentativa de argumentação, você será acusado de racista pelos  banalizadores do bem e pelos idiotas úteis, cheios de boas intençoes e envergonhados com "a imagem que envergonha o país".

28 de ago. de 2013

Obama: Do not forget! I'm black.

50 anos após o marcante "I have a dream" de Martin Luter King, Barack Obama já provou aos  frustrados racistas do mundo inteiro que o negro pode ser  tão  falso-bom-mocinho quanto o branco, tão cínico quanto o branco, tão canalha quanto o branco e, no caso do negro americano,tão anti-americano quanto o branco.

Obama era uma "litle children" de 2 anos de idade, quando Martin sonhava: "I have a dream! That my four little children will one day live in a nation where they will not be judged by the color of their skin but by the content of their character".

40 anos após o assassinato de Martin, Obama foi eleito presidente dos Estados Unidos. Não pela cor de sua pele. Nem pelo seu caráter. Muito pelo seu anti-americanismo. Principalmente pelo seu cinismo dissimulado em sua fascinante retórica de líder de grêmio estudantil.

Nas manchetes dos jornais do mundo inteiro, no dia seguinte da eleição, Obama entrou para a história como "O primeiro presidente negro dos Estados Unidos". Com um charme a mais: "40 anos após o assassinato de Martin Luther King".

Hoje, às vésperas de mais uma missão anti-americana no Oriente Médio, Obama dará mais um showzinho de oratória nas escadas do Lincoln Memorial, local do marcante "I have a dream" do Martin. Fará seu articulado jogo de palavras pra lembrar aos americanos e ao mundo que é negro e pedir que não o julguem por seu caráter mas, pela cor de sua pele.