11 de mar. de 2013

A Fome do Nordeste não existe mais.

Deu no UOL: "Moradores do Piauí comem rato-rabudo para matar fome na seca"

A Fome do Nordeste não existe mais. Até Dom Hélder Câmara negaria esse fenômeno.

A Fome do Nordeste foi um movimento, um tipo de modismo, criado pelo arcebispo Dom Hélder Câmara, na década de 60, logo após o Concílio Vaticano II. (No Brasil, o Concílio Vaticano II foi aproveitado por parte da Igreja para instituir o padre sem cristianismo, o pade ativista, o padre de passeata, o padre religioso de seita marxista).

A Fome do Nordeste fez tanto sucesso que, além de ajudar a promover Dom Hélder a 4 indicações ao Prêmio Nobel da Paz, tornou-se o termo mais utilizado por todos os brasileiros para retratar os problemas sociais do país durante 40 anos. Da década de 60 até o inínio do século XXI, todo brasileiro conhecia e falava sobre a Fome do Nordeste, todo jornal e revista dava manchetes para a Fome do Nordeste, todo telejornal invadia as salas nas horas de descanso do trabalhador brasileiro para mostrar as imagens da Fome do Nordeste.

A Fome do Nordeste só deixou de existir a partir de 2002 com a chegada do PT a presidência da república. Desde então, a Igreja do Santo Marx no Brasil deixou de promover a Fome do Nordeste, a imprensa não noticia mais a Fome do Nordeste, o brasileiro não discute e não lamenta mais a Fome do Nordeste.

A Fome do Nordeste não existe mais. Nordestinos passando fome, sim. Mas só em alguns momentos de descuido notícia como essa é publicada. Afinal, os problemas sociais no Brasil acabaram por decreto do departamento de marketing do governo petista.

7 de mar. de 2013

A Conmebol, o Corinthians e a sede dos camelos justiceiros.

"CONMEBOL LIBERA TORCIDA DO CORINTHIANS PARA JOGOS EM CASA".
 
Justo! A Conmebol não tem obrigação de matar a sede (de justiça) do camelo brasileiro.

Correta a decisão da Conmebol, mesmo que pra retificar uma decisão sua precipitada, tomada com pouca ou nenhuma reflexão, pra atender os anseios dos sedentos camelos justiceiros. Afinal, por que punir o Corinthians que não era o mandante da partida, que, por isso, não tinha a responsabilidade da segurança do evento e não tem nenhuma responsabilidade legal com as atitudes de seus torcedores? Por que, punir o Corinthians e não o San Jose, o clube mandante e, portanto, responsável pela segurança no estádio? E por que punir quem não vendeu, não comprou, não transportou, não atirou e nem mesmo sabia do artefato que matou o adolescente boliviano?

"Aaaah...mas alguém tem que ser punido." "Aaaah...mas é preciso ter uma punição pra servir de exemplo." É muito camelo com sede pro meu gosto. Brasileiro convive com essa sensação de impunidade, de injustiça e quer usar qualquer oportunidade pra matar sua sede, sem qualquer reflexão que vai além do senso comum, do imediatismo e do senso de justiceiro. O San Jose, a polícia bolivina e a própria Conmebol têm muito mais responsabilidades pela morte do garoto do que o Corinthians e a esmagadora maioria de seus torcedores.

Outro sintoma da sede, é a demonstração de incapacidade pra assimilar uma tragédia como essa, como eu percebi de 2 ou 3 sociologos que eu li no Blog do Juca e no Estadão defendendo, inclusive, a paralização da Libertadores para que a sociedade aproveite a oportunidade para refletir sobre a "situação". Aaah...para! Cada um que conviva com sua incapacidade, com sua precariedade psiquica para assimilar esses fatos. Mas sugerir que o mundo pare pra que a gente re-aprenda a valorizar a vida humana, como os que eu li sugeriram, é vertigem.

Quando a gente diz "a vida segue", não deve ser dito nem interpretado como que por falta de coisa melhor pra se dizer. A vida segue e os camelos precisam aprender a passar por esse tipo de deserto e esperar hora e jeito certos de matar a sede.

6 de mar. de 2013

Política é coisa de gay?

Claro que sim. É coisa de gay, de negro, de mulher, de branco, de índio, de rico, de pobre, de professor, de policial, de empresário, de empregado, de cristão, de macumbeiro, de ateu, de criança, de adolescente, de idoso...e até de animal.

Mas nos últimos anos ninguém tem sido mais ativo que os gays. O último exemplo é a gritaria contra a indicação do pastor evangélico, deputado feredal Marco Feliciano para a presidência da CNDHC (Comissão Nacional para os Direitos Humanos e a Cidadania) da Câmara, especialmente por suas declarações contrárias ao homossexualismo.

As nomeações dos corruptos condenados José Genoino e João Paulo Cunha e de Paulo Maluf para a Comissão de Constituição e Justiça e do acusado e investigado Gabriel Chalita para a presidência da Comissão de Educação de Educação da Câmara não provocaram reações.

Pode-se concordar ou não com o homossexualismo, reclamar do radicalismo do ativismo gay e até classificar como "ditadura gay" - como também fez o próprio Marco Feliciano, hoje, em sua coluna na Folha - o exercício político de seus militantes. Mas é preciso fazer política. E política não é coisa só de gay.

5 de mar. de 2013

Hugo Chavéz morreu no mesmo dia de Stalin.

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Por falta de data melhor, Hugo Chavéz morreu no mesmo dia de Stálin. Che Guevara morreu em Outubro, Simon Bolívar só em Dezembro e Fidel ainda não escolheu a data. (Melhor sorte teve Tancredo Neves que <<morreram ele>> no mesmo dia de Tiradentes).

60 anos da morte do injustiçado Stálin.

Ele fez tudo pra ser reconhecido como o homem mais odiável, detestável, o maior genocida da história. Mas os contadores da história não foram tão generosos com ele como foram com seu coirmão Adolf Hitler. O azar de Stálin foi - e continua sendo - ter entre os contadores de história muitos simpatizantes do comunismo, o que levou e leva esses historiadores a ignorar sua coleção de cadáveres. Outro fator que não contribuiu para o sucesso de Stálin foi ter matado gente menos influente que os judeus. Qualquer analfabeto funcional sai da escola sabendo quem foi Hitler mas ignorando quem foi Stálin. Uma das maiores injustiças da história. Esse defunto merece um "Dia da Consciência Biográfica" dedicado a ele. 

Que o diabo o tenha!