25 de mai. de 2013

A árdua missão de Pep Guardiola: não atrapalhar.


Enquanto as pessoas especulavam se Mario Göetze iria comomerar ou não gols e o possível título do Borussia, eu imaginava o que se passava pela cabeça do Pep Guardiola. O que é melhor para um treinador: assumir um clube sedento por títulos ou um clube que acabou de conquistar tudo? Aposto que Guardiola conviveu com esse dilema nos últimos dias. E aposto mais: conviverá com essa pressão nos próximos meses.

O Bayern do aposentado Jupp Heynckes conquistou tudo que importa na temporada 2012/2013. E conquistou sem nenhuma dependência do acaso; conquistou com méritos, fazendo História, com elementos de revolução, com perspectivas de uma "nova era", sendo muito superior a seus adversários, massacrando o conceito, a filosofia Barcelona.

Ao assumir esse Bayern, Guardiola terá sua inteligência, seu bom senso e seu ego postos à prova. É um ótimo desafio, de altíssimo nível em todos os aspectos; o que todo homem acima da média gostaria de ter.

O responsável pelo revolucionário Barcelona, tem seus princípios, seus valores, seu jeito de ver e fazer futebol e terá direito, moral e autonomia para implementar sua filosofia no Bayern campeão de tudo.

Nem tudo é tão bom que não possa ser melhorado. Isso vale para o Bayern e para o Guardiola. Se não atrapalhar, se não criar conflitos por falta de bom senso, se não querer mexer demais no que está dando certo por mera ideologia, o reverenciado treinador já estará dando provas de que é, realmente, um cara acima da média.